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Metalurgia da tradução

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No próximo domingo (4), será realizada em Moscou a cerimônia de entrega da Medalha Púchkin, condecoração dedicada a difusores da cultura russa pelo mundo afora. O brasileiro Paulo Bezerra, maior tradutor de Dostoiévski no país, foi agraciado com a medalha, apesar de não poder comparecer à capital russa por motivos de saúde. Do Rio de Janeiro, porém, não deixou de falar à Gazeta Russa, que traça sua trajetória num perfil imperdível.

Condecorado com Medalha Púchkin, tradutor Paulo Bezerra trabalha em seu apartamento, no Rio de Janeiro. Foto: Marcio Nunes
De sua janela no oitavo andar de um edifício na Tijuca, ao pé da serra, Paulo Bezerra avista a mata e, por cima da copa das árvores, o mar, enquanto fala ao telefone. A contemplação será mais frequente assim que entregar o próximo título de Dostoiévski (1821 - 1881) que traduz para a paulistana Editora 34, projeto de verter seus grandes e médios romances que o ocupou a última década, ainda mais sofregamente após ter se aposentado das duas universidades onde lecionava, no Rio de Janeiro.

Com um pouco mais de tempo livre depois de cumprir a trilha que incluiu, entre outros, clássicos como “Crime e Castigo”, “Os Irmãos Karamazov” e “O Idiota”, tem como objetivo, além de ver mais a paisagem da janela, escrever um livro sobre o ofício de tradutor, misto de memórias e reflexão sobre sua experiência de quase meio século - trajetória a ser condecorada no próximo dia 4 de novembro, em Moscou, com a Medalha Púchkin, a mais importante na área da cultura concedida pelo governo russo.




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